sábado, 8 de maio de 2010


Lindas histórias, belas cenas, declarações singelas que me fizeram esperar por ti durante todo esse tempo. E cada nova ida sua, a certeza de um tormento de meses até sua volta. E o medo de que talvez jamais houvesse uma volta. Me disse uma vez, em uma de suas partidas, que jamais estivemos separados enfim. Eu e minha solidão chegamos a conclusão de que eu e você jamais estivemos verdadeiramente juntos. O amor que eu nutria vivia no mundo dos sonhos, porque a vida que eu vivia era apenas nostalgia. Eu posso ver você chorando baixinho na escada, eu posso sentir sua dor dentro do meu peito, mas você seria incapaz de sentir o que eu senti na sua ausência. Eu sempre soube que seria sua, eu desejei com todas as minhas forças que fosse assim. E meu amor me trouxe a uma existência vazia e solitária, onde minhas únicas companhias eram a bela paisagem da janela e um álbum de fotos com imagens minhas, suas, e da vida que um dia eu sonhei pra mim. Eu fui embora, não havia mais nada para ser salvo. Meu amor se petrificou com o tempo, suas lágrimas hão de secar com ele.

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